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Semana passada falamos aqui de duas facetas da fotografia: a sua importância em revelar e evidenciar mas sem ser a qualquer custo. Fotografar requer saber o que mostrar, com responsabilidade, diálogo e posicionamento.
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Escolhi algumas imagens no post anterior de fotógrafos que fazem pontes e se posicionam: que condenam quando têm que condenar. E que dialogam com seus retratados, criando aberturas. Foram imagens do mineiro Eustáquio Neves que trabalha sobre a identidade e luta da comunidade afro-descendente no Brasil e no mundo. E imagens do projeto de diálogo e inlcusão do jovem Pedro Kuperman com os índios Ashaninka.
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Hoje resolvi pensar em mais fotógrafos que delicadamente revelam uma questão. Sem agressão ao sujeito, ao assunto ou à privacidade. As imagens revelam o que pode ser revelado com ética e sobretudo com um verdadeiro olhar ao outro e um posicionamento diante dos temas discutidos.
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Vamos conferir!
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Richard Mosse: fotojornalista irlandês que ganhou muitos prêmios com imagens de guerra. Seu olhar se posiciona, tentando criar uma nova perspectiva dos conflitos que clicou.
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Omar Victor Diop: fotógrafo de Dakar, Omar segue a tradição dos estúdios de fotografia mas com um olhar apontado para a falta de oportunidade da comunidade negra e sua representação caricaturada.
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Paul Mpagi Sepuya: retratista de amigos e pessoas próximas, Paul trabalha da cultura visual homoerótica dentro da “proteção” e privacidade do estúdio. Suas fotografias altamente trabalhadas, e fragmentadas, são uma constante negociação entre o artista, o sujeito e o espectador.
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David Uzochukwu: outro retratista, europeu, que trabalha o corpo humano e nossos limites entre força e vulnerabilidade.
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