Article sur la photographie d’Amérique Latine pour le magazine « Fisheye » (2019)
Article about Latin American photography on “Fisheye” magazine (2019)
desvendando os limites da fotografia
Article sur la photographie d’Amérique Latine pour le magazine « Fisheye » (2019)
Article about Latin American photography on “Fisheye” magazine (2019)
Article about the in game photography in “Wedemain” magazine (2019)
Article sur le in game photography pour le magazine « Wedemain » (2019)
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Interview with Brazilian activist Sydney Possuelo for “Wedemain” magazine (2020)
Interview avec l’activiste brésilien Sydney Possuelo pour le magazine “Wedemain” (2020)
Critic writer about photography, art and our contemporary era.
Parte do texto de minha autoria:
A fotografia como representação da vida
Em meio a crise política, econômica e sobretudo humana das migrações que vivemos hoje em escala global, me pergunto onde podemos realmente ver o refugiado? Eu sei, você vai me responder que o refugiado está em toda parte. Sim, lemos inúmeros artigos em jornais e revistas, ouvimos diversas opiniões de especialistas e estudiosos, temos acesso rápido a milhões de links nas mídias sociais e o observamos em tantas imagens de grandes fotógrafos sobre a crise. Porém, dentro desse emaranhado de opiniões e fatos, a figura daquele que buscou refúgio em outro país se banaliza e ele se perde em representações simples e redutivas. Em geral, sua imagem se esfacela no pouco acesso que temos à uma representação interna e diretamente feita pelos próprios exilados. Ou seja, falta diálogo, falta conexão e proximidade com as verdadeiras vítimas dessa tragédia. Aquele que precisa se exilar de seu país acaba sendo retratado de fora, numa comunicação calcada na desconexão e na distância.
Shinji Nagabe é considerado um nissei, ou seja, um brasileiro descendente de japonês, mas como vemos em seu trabalho, ele ultrapassa essa etiqueta. De família simples do Paraná, e tendo vivido uma infância solitária, o que percebemos das origens de Shinji são seus dois pilares culturais que transbordam em suas imagens. Já adulto, Shinji saiu do Brasil imigrando para França. “ESPINHA” é o resultado deste processo de transição para um novo país, de descobrimento íntimo e de reencontro com a fotografia. Um projeto pessoal com um título em duplo sentido para conseguir captar seus profundos questionamentos de artista imigrante, com duas nacionalidades de base. A espinha é tanto o osso que sustenta o corpo e as raízes de sua origem como também a espinha que fere, a realidade que dói, mas que ao mesmo tempo serve de proteção.