*Imagem de capa de João Bulcão, série Confinados
.
Desculpa o clichê, mas não me aguentei e usei o tão falado termo “novo normal”! A verdade é que estamos vivendo uma situação, em escala global, que de normal não tem nada. Muito pelo contrário. Mortes, medos, privações, fragilidades… nada disso pode ser normal. E diante desse mundo em crise, xs fotógrafxs nos ajudam a re-olhar os nossos limites.
.
Como podemos nos amparar da arte para nos ajudar neste momento de crise? A fotografia surge como um processo interessante de olhar reflexivo sobre nosso novo cotidiano. Como lidamos com as experiências de exclusão e precariedade? Talvez a fotografia surja como uma mediadora nesse novo dia- a- dia, ou como uma forma de conexão entre nós nesse momento de pausa mundial.
.
O coletivo Iandé*, a partir da Glaucia Nogueira, criou uma série sobre fotógrafxs, e artistas visuais, que a partir das limitações da pandemia do Covid-19 tiveram que se reinventar. Se reinventaram internamente, como todos nós, e com isso trouxeram outros olhares possíveis para eles, e para o público. Fotógrafxs que redescobriram suas casas, analisaram suas prioridades, aumentaram suas conexões. E criaram imagens que dialogam diretamente com o que estamos vivendo.
.
.
A série se chama “Confinados” e já conta com a participação do fotógrafo João Bulcão, José Roberto Bassul, da fotógrafa Ana Sabiá e de Virgílio Neves. E outros tantos novos vídeos estão sendo montados. Os novos olhares dxs artistas nos fazem, a nós, espectadores, sairmos de nossos confinamentos, e olharmos de outro maneira para o mundo lá fora. E como é bom ter uma leveza, mesmo que através do olhar de um outro, para olhar para o duro mundo atual.
.
.