Nossas memórias, nossas ruínas

Semana passada, a minha colaboração mensal no blog da Editora Subversos falou de ruínas em relação à série A última aventura de Romy Pocztaruk. Aqui no post resolvi abarcar outros muitos fotógrafos que retrataram as ruínas urbanas de nossa sociedade. Como somos facilmente fascinados pelos destroços do que um dia foram grandes marcos de nossas cidades, muitos artistas se interessaram e clicaram o que sobrou desse sonho grandioso de outrora.

 

As ruínas ficaram tão famosas nas mídias sociais, sobretudo no instagram, que ganharam expressão própria: “ruin porn”. É a beleza do caos, o prazer na destruição. Quase um movimento romântico contemporâneo. Mas independente dos modismos, as ruínas fotográficas e urbanas, podem nos ensinar muito sobre nós mesmos. O que um dia pensamos ser e como nos desenvolvemos, o que se perdeu, o que se ganhou. Nossas experiências com sistemas políticos e culturais.

 

Ruínas de shoppings, antigos templos consumistas que hoje perderam espaço para as compras online, ruínas de cidades operárias pelo mundo, substituídos por máquinas, ruínas de vidas, de sonhos, de ideais.

 

Ruínas de Detroit, Meffre e Marchand, 2005

Investigar o modo como as camadas temporais se imbricam nas ruínas urbanas, perpassa investigar como nós nos vemos e construímos nossos ideais: de país, de nação, de humanidade. A ruína nos leva ao cruzamento exato entre passado e presente, entre o que poderia ser e o que se imaginou ser, e o que de fato aconteceu.

 

 

Para ler o texto na íntegra, basta acessar aqui.

 

 

Hikari, Japão, 2009, Thomas Jorion

 

Seph Lawless, Centro Comercial, 2002

 

Elementar, 2009, Sven Fenemma

 

 

Julio Bittencourt, Kamado, 2015

 

Ilan Benattar, Hospitais, 2013

 

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