Fotografias, números e mercado de arte
Amanhã, 19 de maio, acontece o leilão de fotografias da casa de leilão Sotheby’s em Londres. Para quem tiver interesse encontramos nomes como Irving Penn, Richard Avedon, Robert Mapplethorpe… – http://www.sothebys.com/en/auctions/2016/photographs-l16780.html
Nos últimos tempos, a fotografia vem conquistando cada vez mais espaço no mercado de arte. É nítido o surgimento de mais feiras e leilões especializados e compradores interessados pelo meio. Cada vez mais temos fotografias representadas em galerias e museus. O mercado de arte está levando a sério a fotografia.
Nunca se falou tanto e se usou tanta o meio fotográfico na história, a fotografia hoje é popular. Independente da qualidade dos selfies ou das fotos das redes sociais, a questão é que essa popularidade da imagem aquece o mercado.
Comparando com as vendas de pinturas modernas ou contemporâneas, as fotografias ainda são “baratas”. Na semana passada, em Nova Iorque, a Sotheby’s vendeu em seu leilão de arte contemporânea uma pintura abstrata de Cy Twombly de 1968 por $36.7 milhões (imagem abaixo). Vamos averiguar amanhã qual será o maior lance para uma fotografia, mas acredito que bem menor.
Nos últimos anos, a foto mais cara comercializada em um leilão foi Rhein II de Andreas Gursky, vendida por $4.3 milhões no leilão da Christies em 2011.
Uma grande diferença de preço, mas ainda assim uma vitória. Por ser uma mídia reproduzível, e relativamente nova, que nem sempre foi reconhecida como arte, esse valor era inimaginável para a fotografia até uns anos atrás. E mesmo que poucos fotógrafos consigam atingir essa glória no mercado de arte mundial (no Brasil nossa maior personalidade é o Vik Muniz), essa popularidade da fotografia ajuda a todos, alavancando e valorizando quem está lá embaixo também.
E para mais informações sobre o mercado de arte fotográfico e em geral, aguardem o novo curso de extensão da PUC-Rio em setembro de 2016.
http://cce.puc-rio.br/sitecce/website/website.dll/folder?nCurso=mercado-de-arte&nInst=cce