Faço parte da coordenação das leituras de portfólio do FotoRio desde 2015, além de leitora. E participo de diferentes festivais e eventos enquanto leitora de portfólio.
Coordinator of FotoRio’s portfolio reviews since 2015, in addition to being also a reader. And I participate in different festivals and events as a portfolio reader.
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Leituras de portfólio, FotoRio 2017/ Portfolio reviews, FotoRio 2017 @hans georg
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Leituras de portfolio virtuais BC foto festival, 2021/ Online portfolio reviews, BC foto festival, 2021
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Leituras de portfolio virtuais Festival de Fotografas da América Latina, 2021/ Online portfolio reviews, Festival de Fotografas da América Latina, 2021
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Leituras de portfólio, PhotoDays 2021, Paris/ Portfolio reviews, Photodays 2021, Paris
Curadora convidada pela galeria Tryzy, em Lisboa, portugal, para sua exposição de abertura, uma coletiva entitulada “Terra Estrangeira”.
A mostra teve a participação de 9 fotógrafo.a.s brasileiro.a.s que fazem parte da recente onda migratória para Portugal, movimento que tem profunda relação com resultado das eleições brasileiras de 2018.
O.a.s fotógrafo.a.s participantes foram: Bruno Veiga, Daniel Mattar, Francisco Baccaro, Luiza Baldan, Marcelo Tabach, Maura Grimaldi, Pedro Escobar, Tatiana Ferreira Lima e Thales Leite. Dentro dessa abordagem, convidamos o coletivo IANDÉ, baseado na França, para apresentar uma projeção com o mesmo tema – com o.a.s fotógrafo.a.s Andrea Eischenberg e Shinji Nagabe.
A exposição “Terra estrangeira” abarcou a experiência de alteridade diante de outra cultura. Sair de seu país de origem é um movimento entre a dor e o prazer. Mesmo com as óbvias semelhanças entre Brasil e Portugal, começando pela história comum e a língua compartilhada, existe um movimento de encantamento e desgaste entre achar as semelhanças e descobrir as diferenças. Assim como no filme homônimo do diretor Walter Salles, queremos pensar o conceito de migração como uma forma de deslocamento relacionado não apenas com um lugar geográfico concreto, mas, sobretudo, como uma experiência existencial.
Curator invited by the Tryzy gallery, in Lisbon, Portugal, for its opening exhibition, a collective entitled “Terra Estrangeira”.
The show had the participation of 9 Brazilian photographers who are part of the recent wave of migration to Portugal, a movement that is deeply related to the results of the 2018 Brazilian elections.
The participating photographers were: Bruno Veiga, Daniel Mattar, Francisco Baccaro, Luiza Baldan, Marcelo Tabach, Maura Grimaldi, Pedro Escobar, Tatiana Ferreira Lima and Thales Leite. Within this approach, we invited the French-based collective IANDÉ to present a projection with the same theme – with the.a.s photographer.a.s Andrea Eischenberg and Shinji Nagabe.
The exhibition “Terra Estrangeira” covered the experience of alterity in the face of another culture. Leaving your country of origin is a movement between pain and pleasure. Even with the obvious similarities between Brazil and Portugal, starting with the common history and the shared language, there is a movement of enchantment and wear and tear between finding the similarities and discovering the differences. As in the homonymous film by director Walter Salles, we want to think of the concept of migration as a form of displacement related not only to a concrete geographic place, but, above all, as an existential experience.
Organizadora e participante da projeção e bate papo sobre os festivais de fotografia brasileiros. Evento organizado junto ao Foto em Pauta, FotoRio e Doc Galeria, feito na galeria Ithaque, durante o Paris Photo 2021 e dentro da programção do Photodays (França, 2021). A projeção “Um tempo suspenso” foi editada por Paulo Marcos Lima e contou com a participação de mais de 60 fotógrafes brasileires.
Organizer and participant in the projection and chat about Brazilian photography festivals. Event organized together with Foto em Pauta, FotoRio and Doc Galeria, held at the Ithaque gallery, during Paris Photo 2021 and within the Photodays program (France, 2021). The projection “A suspended time” was edited by Paulo Marcos Lima and had the participation of more than 60 Brazilian photographers.
Parte da equipe de organização da residência, “A Noite escura”, na galeria Ithaque, Paris 2022.
O Ithaque é um laboratório de fotografia analógica assim como um espaço de galeria dedicado à fotografia impressa em gelatina de prata, em preto e branco. Seu programa de residências tem o objetivo de receber, todos os anos no outono, um/a fotógrafo/a latino-americano/a para um mês intensivo impressão analógica em preto e branco, criando um diálogo entre culturas em torno da fotografia analógica. Esta primeira edição, A Noite Escura, receberá um/a ganhador/a de 3 de outubro a 4 de novembro de 2022 e é destinada a fotógrafos/as brasileiros/as.
O projeto conta com a colaboração do FotoRio para este intercâmbio entre França e Brasil. Essa colaboração não é nova, pois os dois já trabalharam juntos (com a participação do Foto em Pauta e Doc Galeria) em 2021 para organizar uma projeção sobre fotografia brasileira no Ithaque durante o Paris Photo.
Essa colaboração se materializa com a presença de Ioana Mello (membra da equipe de organização do FotoRio) como parte do grupo de produção, e Milton Guran, fundador da FotoRio, como parte do júri da residência, ao lado de outras personalidades renomadas da fotografia e da arte contemporânea: Agathe Gaillard, Sandra Hegedüs, Jean-Luc Monterosso, Solenn Laurent…
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Part of the team that organized Ithaque residency for Latin American photographers, Paris 2022.
Ithaque is a shared darkroom with a gallery space dedicated to black and white silver gelatin printing. The residency program has the goal to welcome, each year in the fall, a Latin-American photographer for a month of intensive black and white printing, in order to create a dialogue between cultures around the act of silver gelatin printing. This first edition, A Noite Escura, will welcome the laureate from October 3rd until November 4th, and is aimed for Brazilian photographers.
Ithaque is collaborating with FotoRio for this exchange between France and Brazil. This collaboration isn’t new, since they already worked together (along with Foto em Pauta) in 2021 to organize a projection about Brazilian photography at Ithaque during Paris Photo.
This collaboration is materialized through the presence of Ioana Mello (FotoRio board of directors) as part of the production group, and Milton Guran, FotoRio founder, as a part of the jury for the residency, alongside other renowned personalities of the photographic and contemporary art world: Agathe Gaillard, Sandra Hegedüs, Jean-Luc Monterosso, Solenn Laurent…
Já participei de várias leituras de portfólio, algumas vezes com meu portfólio embaixo do braço, e olhos ligeiros diante das opiniões dos outros. E muitas outras vezes nos bastidores, produzindo esse encontro.
Para quem não sabe, leituras de portfólio são encontros entre fotógrafos – com seus portfólios – e experts diversos do universo fotográfico: galeristas, curadores, colecionadores, pesquisadores, editores… Existem alguns formatos; as vezes o fotógrafo fica com seu portfólio aberto e os leitores passam pelas mesas, outras vezes, a mesa acontece com mais de um fotógrafo e mais de um leitor propiciando um diálogo entre todos, e uma troca de opiniões. E o mais comum dos casos, e o que participei como leitora pela primeira vez, a versão “oráculo”, onde o leitor fica na mesa sentado e o fotógrafo troca de mesa com seu portfólio, de leitor em leitor.
Quando fotógrafa nas leituras, na época que ainda acreditava que tinha garra para ser fotógrafa (descobri justamente nas leituras de portfólio que não era para mim), vários leitores usaram dessa “plenitude” oracular para julgar, opinar subjetivamente e dar um parecer final sobre meu trabalho. Nada mais longínquo do propósito das leituras.
Felipe Fittipaldi, Eustasia
Quando produtora das leituras, era muito animador observar o diálogo propiciado pela discussão e troca de experiências em um ambiente que respirava apenas fotografia. Já caindo no clichê, vi muito olhar brilhando ao se deparar com uma nova produção imagética instigante. É um alento nesse mercado tantas vezes preguiçoso.
Bom, agora, como leitora nas leituras, devo dizer que foi tudo que eu imaginei, e muito mais. Tentei deixar meus pré-conceitos de lado, olhar para o fotógrafo, e sem nenhuma pretensão de oráculo apenas respirar fotografia, trocar histórias, pensar o ato fotográfico e viajar na magia dessa mídia. E foi uma bela viagem! Vi universos fantásticos, questionamentos sobre a identidade urbana, o real, auto-retratos surreais, que falam mais sobre nós que sobre o outro, poéticas documentais, fotografias tri-dimensionais, performances imagéticas, relações humanas… Cada fotógrafo foi extremamente generoso e minha mente ainda viaja nas possibilidades de tantos ensaios desafiadores.
Luiz Baltar, Fluxos
Mas como fazer para continuar motivados?
Essa foi a questão que todos me fizeram. Não soube responder. Ainda não sei. Mas acho que ter esse espaço de troca e debate, bastante democrático, de generosidade e inspiração, ajuda a pensar novos caminhos e novas parcerias entre fotógrafos e o mercado fotográfico. O mundo está em crise, o país ainda mais e a cultura…por onde começar! Diria que a solução, por enquanto, só se vier de dentro. A boa notícia é que tem muita gente boa, nova e antiga, pensando a contemporaneidade, produzindo ideias, procurando soluções para a mídia fotográfica e o escoamento de toda essa produção. Vamos continuar pensando juntos, aqui, ali e acolá.