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Cada vez mais somos observados: celulares, drones, cameras, circuitos internos e externos… Edward Snowden já nos revelou um mundo onde tem sempre alguém vigiando você. E obviamente, inúmeros fotógrafos resolveram expor esse fenômeno contemporâneo preocupante. Tantos, que o movimento ganhou um nome: “arte da vigilância” (artveillance). Já falamos em um post anterior sobre o artista Yuri Pattison, que trabalha sobre esse tema mas para além da fotografia.
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Algumas das interrogações mais agudas de Snowden, sobre o rastreamento de dados por empresas e pelo governo, são encontradas em galerias e outros espaços de arte. Fundações, grupos de pesquisa e coletivos artísticos se formaram para discutir os limites e desmedidas da vigilância digital: como o Art and Surveillance no Canadá ou a americana Open Society. Seguem 3 fotógrafos que lidam com a falta de privacidade e liberdade individual nos dias atuais.
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O artista americano, filho de militar, Trevor Paglen, é um dos nomes mais famosos associados a esse tipo de trabalho. Como esboçado no post anterior, Paglen há 20 anos tenta mostrar o lado invisível das geografias políticas do nosso tempo. Em seus trabalhos, “Limit Telephotography” e “The black sites”, ele tenta capturar lugares que não estão em mapas: bases aéreas secretas e prisões. Assim como elementos ainda mais impalpáveis como as redes de coleta de dados e vigilância que agora moldam nossas democracias: os satélites e inteligências artificiais do mundo digital.
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O professor de arte de Maryland, o bengali Hassan Elahi foi parado no aeroporto por suspeita de terrorismo em 2002. Desde então ele se auto vigia 24 hrs por dia, com imagens fotográficas e coordenadas GPS, e envia tudo para seu algoz, o FBI. Como diz o próprio artista, dando tantos detalhes ridículos sobre sua vida, ele está dizendo tudo e nada e questionando a eficácia e validade dessas imagens para a vigilância digital.
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Trabalhando em um cassino americana como encarregada das cameras de vigilância, a fotógrafa Lauren Grabelle acabou se tornando a fotógrafa x. Do monitor das 800 câmeras (!), Lauren podia olhar qualquer indiscrição, seguindo pequenas narrativas humanas no espaço de algumas horas. Seu projeto consiste em prints das tela das cameras, feitos por ela, para questionar a veracidade desse tipo de imagem.
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